quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Deus, a simples comprexidade...

Aprendamos então há ver Deus nas coisas simples da vida, mas não achá-lO simples ao ponto de considerá-lO como tantas outras coisas passageiras e limitadas que observamos nos nossos dias. Ele é simples sim, porem na sua maneira de se mostrar a todos nós, em sua maneira de cativar cada pensamento nosso, que nos faz dar um prazer e um sentido maior a vida. Essa simplicidade divina nos dar força todos os dias, ensinando-nos a perseverar e a ver que por mais complicado que seja, há um Deus que simplifica. Veja Deus em uma flor a desabrochar, seu esplendor, sua simples complexidade que se mostra com uma beleza maravilhosa, mas não ache que Deus é a bela flor. Infelizmente a linda flor muxa, seca, é limitada e mostra uma vida e uma auto suficiência passageira. Deus não. Deus é belo, alcançável e singelo como uma flor, porem não é tão pouco como um desabrochar de primavera, Ele ultrapassa esses limites. Ver Deus nas coisas simples, não é necessariamente, dizer que Ele é simples, mas que Ele quer se mostrar há min e a você de uma maneira compreensível, aberta e possível, mesmo sendo Ele tão complexo. Ter a capacidade de apreciar as coisas simples é um dom dado a poucos. Deve ser por isso que o Todo Poderoso se revela a cada detalhe cotidiano, ate os mais minuciosos. De um nascer do sol, ou de um vento a soprar, uma bela paisagem e ate de uma formiga a carregar sua folha. Tudo Deus fez para pararmos e apreciá-lo pelos seus feitos. Há também os que vêem Deus na complexidade da existência. Esses não são tão diferentes dos primeiros apresentados. Admirar a complexidade do DNA ou se debruçar a idéia de milhões de espécies diferentes de seres vivos ou ate observar a causa e efeito que move todo o universo, tanto individualmente em nossos corpos como no imensurável desconhecido, também é um prazer de poucos. Conseguir ver Deus em bactérias, ninchos, plasmas, átomos, músculos e ate ondas cerebrais faz-nos notar sua infinita capacidade de ser complexo, mais do que qualquer ser já estudado. Isso também é ver Deus. Conhecer a complexidade da vida é conhecer a complexidade do Criador da vida. Um Perfeccionista Pintor ou escultor que fez cada detalhe da fotossíntese ou do sistema óptico com uma precisão e um cuidado individual exacerbado.
Talvez ai esteja Deus, nesta simples complexidade. Nestas coisas tão distintas é possível ver Seu amor inexplicável por nós. Mais que religião ou doutrinas Ele se mostra a cada um na medida da capacidade individual de todos. Juntar o pouco que se vê na simplicidade e o pouco que se vê na complexidade, com certeza nos daria o muito de Deus. Infelizmente, ou felizmente, ver Deus em todas essas coisas não nos diz que todas essas coisas são Ele. Creio que se fosse Deus, estaríamos felizes realmente, não alguns, mas todos. Acho então que todas as coisas em que podemos ver Ele é apenas uma maneira Dele de falar e de se mostrar as suas criações e que não quer ser tido como tão simples ao ponto de ser só bom, belo e medíocre mas que também não quer ser visto como complexo, enorme e inalcançável. Esses dois extremos nos revelam uma coisa; Existe sim um Deus, quem não O vê, não consegue notar as coisas simples da vida e logo, esta muito mais longe das complexas.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Dedicatoria...



Dedico minha poética aos vermes,
Os mesmos de Augustos e de Brás,
Grandes valorizadores da razão e verdade.
Dedico ao amor dos apaixonados, enamorados
Dos alucinados retardados que caem de peito
Na cicatriz aberta dos amantes.
Dedico a guerra, ao sangue azul
Das botina engravatadas e disfarçadas
De cadeiras frescas com o ar condicionado
Aos filósofos falsos e suas falácias
Dedico a Hemorróidas, a Solitária, as tênias e tudo mais
Ao velho e jovem da rodoviária, que ontem
Comeram seus bocados de vomito de milho e pastel.
Dedico minha poética aos porcos, insanos.
Dedico ao soldado cruel de guerra, ao pai pederasta,
Ao diabo enxofrado de óleo de mirra.
Dedico meu poema ao ódio, o mesmo latente
No peito meu, no Seu.
Ao corpo esquartejado, as borboletas coloridas,
Aos passarinhos e ao sol vermelho, vermelho de poluição,
De sangue.
Dedico a lua dos amantes, dos estrupadores.
Dedico minha poética lúdica e com cheiro de esterco,
O mesmo de Augusto e de Brás,
A você! Somente a você dedico todaA verdade.