segunda-feira, 6 de abril de 2009

Trégua


Comovo-me hoje.

É impossível passar hoje mais um vento sem esta minha expressão.

Dentro de min, choro em prantos, grito, clamo, rasgo meu peito de desespero pela minha situação. Parado.

Não vejo mais os mesmos sonhos de antigamente, a mesma sede de metas e alcances. Tudo sumiu. Olho pro céu e vejo palavras juntinhas dos pássaros ou caindo logo após as flores. Todas sem destino. Deus, estais ai? Ouve-me um minuto; tira de min a venda, a vaidade, a maldita mentira. Tira-me as ilusões e sonhos meus. Arrebenta as portas das minhas vontades a arremessa-me em meio a dor, para que assim, como Salomão já disse, no luto possa aprender qual é o meu fim.

Fique a todos os olhos o que digo; esqueça.

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